Eleito prefeito de Caetés em 2012, numa disputa apertada, Armando Duarte (PTB) tem de provar todo dia ser um bom gestor e dominar também as manhas, as estratégias, a arte da política. É que o petebista sucede 20 anos de uma mesma cultura política, baseada no assistencialismo, no uso escancarado do dinheiro público para manutenção do poder, no jeito fácil de prometer, no empreguismo e até mesmo na distribuição pura e simples de dinheiro com o objetivo de tornar cativo o eleitor.
Primeiro Armando Duarte teve de mudar o jeito de governar, conscientizar funcionários e a própria população que certas práticas estavam erradas e só é possível um município se desenvolver com trabalho e obras estruturadoras. O começo foi difícil, pois a casa estava desarrumada após a gestão desastrosa de Aercio de Noronha e era preciso em pouco tempo por as coisas em ordem e iniciar as transformações prometidas em praça pública.
Passados 6 meses e 22 dias de governo, o novo prefeito de Caetés conseguiu avançar bastante, conquistando o respeito da população do município, dos dirigentes dos municípios vizinhos e até do governador Eduardo Campos, que tem dado provas de apreço ao jeito de Armando Duarte trabalhar.
O GESTOR – Como gestor, Armando nesse pouco tempo já tem o que mostrar. Pegou uma saúde falida, sucateada, desacreditada. Os moradores, em grande parte, tinham que buscar o hospital da vizinha Capoeiras, na hora da necessidade e isso feria fundo o orgulho do caeteense.
Hoje o município tem médicos todos os dias, a distribuição de medicamentos gratuitos funciona e mesmo com a falta de profissionais – uma realidade em todo o país – os PSF estão sendo tocados satisfatoriamente. O SAMU foi dos primeiros a ser implantado no Agreste Meridional e funciona de forma exemplar.
Caetés tem agora duas Casas de Apoio para os moradores da cidade e zona rural, uma delas no Recife. Esta, a da capital, foi considerada modelo num levantamento feito pelo jornal Diário de Pernambuco.
E mais investimentos estão sendo feitos neste setor, considerado prioritário. A prefeitura está comprando um micro-ônibus para o Transporte Fora do Domícilio (TFD) e já licitou e pagou duas ambulâncias novas, que dentro de pouco tempo estarão circulando no município.
Como gestor, o petebista tem dado atenção especial também ao setor de Educação. Uma de suas maiores conquistas foi em menos de seis meses livrar os estudantes de Caetés dos caminhões pau de arara, equipando a prefeitura com uma frota própria de ônibus escolares. Já são 15 atendendo aos alunos da zona rural e mais um está sendo comprado. Se faltar em alguma localidade o Município loca, mas todos andam sentados confortavelmente, sem perigo de levar chuva ou poeira.
As escolas estão sendo melhoradas, os professores valorizados e capacitados, nenhum deles tem mais de dividir o ordenado e o piso nacional é rigorosamente respeitado.
Outro avanço é na merenda escolar. Todo mundo em Caetés sabe que era pouca e sem qualidade. Muitas vezes os alunos tinham de se contentar com suco artificial e bolachas. Hoje há variedade e os alimentos são servidos duas vezes por dia. Faz muito tempo que os estudantes não viam tanta “fartura” de comida na sala de aula.
PARCERIA - Armando, em parceria com os governos estadual e federal tem conseguido equipar a Secretaria de Obras. Já recebeu patrol, retroescavadeira, as estradas da zona rural estão sendo conservadas regularmente.
Nos últimos meses, com a chegada das chuvas, a Prefeitura fez uma parceria com o IPA e deu assistência ao agricultor. Foram 12 tratores do órgão do Governo do Estado e 8 da Prefeitura. Em Caetés foram aradas 3 mil hectares de terra. O gestor se orgulha desse trabalho, ainda mais por ter sido feito sem direcionamento político. Os agricultores foram atendidos independente de terem votado em A ou em B.
A mudança em Caetés está acontecendo, o dinheiro público está sendo bem empregado e a maioria percebe que as coisas melhoraram. Quem reclama, normalmente, é quem tinha alguma regalia na gestão anterior e perdeu. Tinha gente até que recebia em casa, sem trabalhar. O dinheiro vinha num envelope, todo mês, satisfazendo uns e deixando muitos sem remédio, sem merenda, sem estrada, sem qualquer tipo de assistência do poder público.
Armando Duarte, com seu jeito sério, um tanto reservado, vai provando que é um bom gestor.
O POLÍTICO – Nas cidades pequenas do interior nordestino, muitas vezes o eleitor valoriza mais o político sorridente, que abraça, que promete, do que o administrador preocupado em fazer obras e planejar o futuro. Por isso, em algumas ocasiões, bons gestores são derrotados e dão lugar a populistas responsáveis pelo atraso e até desvio de recursos públicos. O ideal é ser gestor e também bom político, não precisando para isso adotar práticas condenáveis sob todos os aspectos.
Armando não é um neófito na política. Foi vereador de quatro mandatos, assumiu a prefeitura interinamente durante 60 dias no início de 2009 e em pouco tempo mostrou sua capacidade.
Junto com seu vice, Severino Gordo, com o apoio de sete vereadores, Armando Duarte está sempre fazendo política, está consciente de que é preciso estar junto da população, visitando os sítios, conversando com as pessoas, descobrindo as necessidades, respeitando cada homem, cada mulher, cada família.
Armando já este ano promoveu uma grande festa junina em Caetés, é um prefeito presente, que visita o doente, na hora da dor está lá: no velório, no enterro. É um prefeito que abraça seus amigos, correligionários, moradores da cidade e da zona rural.
Está no batizado, nos almoços dos sítios, prestigia as partidas de futebol, incentiva os times da cidade. Com a experiência de vereador Armando sabe que é preciso fazer política, tratar bem os vereadores, os eleitores, os que precisam. Mas pra isso não precisa ser populista, administrar com irresponsabilidade.
Por conta do seu jeito, que não se encaixa na cultura política do assistencialismo arraigado, os adversários já tentaram taxar Armando de orgulhoso, elitista. Fizeram isso na campanha e não deu certo. “Não tenho orgulho nem me acho melhor do que ninguém. Mas tenho de ter postura de prefeito e ser responsável. Eu me considero popular, tanto que fui eleito. Agora, populista, demagogo eu não quero ser. O povo precisa ser respeitado”, defende o líder político de Caetés.
Como Severino, Armando Duarte é caeteense da gema, sempre morou na cidade, mesmo quando era funcionário do Banco do Brasil. É um trabalhador, agora gestor dos destinos do município, é político e homem de família.
Seu pai, José Assimino, era homem conhecido e querido por todos em Caetés. O mesmo pode se escrever sobre sua mãe, dona Maria Basílio, que viveu mais de 100 anos.
Armando é bem casado com Roberta e tem quatro filhos, dois homens e duas mulheres: Soraya, Milena, Rominho e Raul. Todos eles, como o pai, os irmãos, muitos dos sobrinhos, vivem em Caetés, amam a cidade, estão empenhados no desenvolvimento da terra que um dia foi distrito de Garanhuns.
Armando o gestor, o político, o homem de família.
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