Quando Em Família estreou na TV Globo, no dia 3 de fevereiro de 2014, a expectativa era grande. Não apenas por se tratar de mais uma criação de Manoel Carlos, autor responsável por clássicos como Por Amor, Laços de Família e Mulheres Apaixonadas, mas também pelos vários “queridinhos do Brasil” presentes no elenco. O que o público viu nos meses seguintes, porém, não foi tão animador.
Resumindo: nada emplacou. Mesmo com Julia Lemmertz, Gabriel Braga Nunes, Bruna Marquezine, Natália do Vale, Humberto Martins, Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini, Maneco não conseguiu manter os altos índices de audiência registrados no horário nobre nos últimos anos. Comparada com as antecessoras Amor à Vida, Salve Jorge e Avenida Brasil que oscilaram entre 31 e 38 pontos, por exemplo, Em Família foi um desastre e ficou com média em torno de 30.
Quer entender por quê? Confira abaixo.
1. Protagonistas chatos Helena vivia amargurada, Virgílio era extremamente sem graça, Luiza não passava de uma menina mimada. Por essas e outras, o trio de protagonistas fraco (embora bem interpretados por Julia Lemmertz, Humberto Martins e Bruna Marquezine) não inspirou empatia alguma. Até personagens secundários como Chica (Natália do Vale), Benjamin (Paulo José) e o pequeno Ivan (Vitor Figueiredo) caíram mais nas graças do público.
2. Falta de um vilão Responda rápido: quem foi o vilão da novela? Se você ficou na dúvida, não se preocupe, o problema não é com você. Diferente das tramas anteriores, em Em Família não se viu nenhum vilão clássico. Shirley (Vivianne Pasmanter), Branca (Angela Vieira), Vanessa (Maria Eduarda de Carvalho), Jairo (Marcello Melo Jr.) e Laerte (Gabriel Braga Nunes) flertaram com o posto, mas não chegaram a ocupá-lo com louvor. Félix e Carminha que o digam.
3. Confusão sobre Laerte Por falar nele, quem acompanhou a trama desde o início passou meses e mais meses sem entender qual era a de Laerte. Mocinho? Vilão? Maluco? Psicopata? Ainda gostava de Helena? Ou apenas queria todas as mulheres aos seus pés? A confusão definitivamente dificultou o entendimento da história.
4. Realidade estranha As novelas não precisam ser todas iguais. Muito pelo contrário: novidades são sempre bem vindas. Mas, para que funcione, o público precisa ter pelo menos um pouco de identificação com seus personagens. Por isso, colocar protagonistas que são ricos e bem-sucedidos trabalhando como flautista clássico, leiloeira e artesão pode não ter sido uma das melhores escolhas do autor. Isso sem falar na esquisitice de a filha ficar com o primo e ex-namorado da mãe que quase matou o pai e blá blá blá.
5. Idades que não bateram Natália do Vale como mãe de Julia Lemmertz? Ana Beatriz Nogueira como mãe de Gabriel Braga Nunes? Este último como pai de Ronny Kriwat? A bizarra diferença de idade entre os atores e seus personagens também causou certa confusão, especialmente no início da terceira fase da trama.
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