Morando no Brasil há cerca de seis meses, casal teve um filho em São Paulo.
Eles vão morar em um sítio em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.
O casal sírio Mouammar e Nermin chegou ao Recife nesta terça-feira (6), com o filho Ameer, de apenas cinco meses, com a esperança de começar uma nova vida. Os estrangeiros chegaram ao Brasil há cerca de seis meses e o bebê nasceu em São Paulo. Agora, serão acolhidos pela bancária pernambucana Bruna Guedes, que disponibilizou um quarto da casa onde mora, em Igarrasu, na Região Metropolitana, para a família.
A ideia de receber refugiados veio depois que Bruna viu notícias nos jornais sobre a guerra e cidades destroçadas. Mãe de um menino de dois anos, o Benjamim, Bruna diz que se compadeceu e se viu impelida a fazer algo sobre a situação. Começou, então, a buscar pela internet um meio de ajudar gente daqueles países. “Foi quando conheci uma mulher, a Marah, que veio da Síria e está fazendo um trabalho bonito em São Paulo, ajudando os refugiados da terra dela. Foi ela quem me apresentou ao casal”, explicou a bancária.
No aeroporto, sem falar português, o professor de violão e cabeleireiro Mouammar arriscou o inglês para expressar a gratidão pela receptividade. “Vamos ter uma vida nova, espero que seja boa”, disse com um sorriso, ladeado pela esposa, o filho e a anfitriã.
Ainda contou, na rápida conversa com a imprensa, que gosta de tocar flamenco no violão, um gosto pessoal. “Não falo espanhol”, contou, negando também ter qualquer parente na Espanha. O sobrenome dos refugiados é preservado a pedido da família.
A bancária pernambucana se emocionou ao conhecê-los pessoalmente. Todo o contato anterior era feito pela internet. “O abraço deles me disse que vai dar tudo certo, me transmitiu muita coisa boa. Renova a esperança que sempre tive nas pessoas. [Ajudá-los] é questão de humanidade”, afirmou, torcendo para que Mouammar consiga logo um trabalho.
Casa preparada
Com ajuda de voluntários e amigos pernambucanos, Bruna preparou uma suíte da casa para abrigar o casal, e está estocando comida. A ideia é dar um lar para eles, enquanto não conseguem um lugar próprio. “Eles vão ficar lá em casa por tempo indeterminado, até poderem se reerguer e construir a vida deles aqui”, apontou Bruna.
Para quem quer ajudar, a bancária lembra que não é preciso desembolsar dinheiro. “Quem quiser, pode doar alimentos, itens de bebê ou pode também dar aulas de português. Existem muitas formas de ajudar. É o coração que fala mais alto, são só pessoas que querem recomeçar a vida. Poder ajudar é muito bom”, afirmou.
As pessoas que quiserem fazer doações, podem entregar no centro cultural Casa Mecane, na Avenida Visconde de Suassuna, 340, no bairro de Santo Amaro.
DO G1 PERNAMBUCO
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