27 de abr. de 2016

E Agora o que faremos ? 😱😱 Ameaça de greve na PM de Pernambuco,Ameaça de greve na PM de Pernambuco

Categoria decide, na tarde de hoje, se aceita proposta do governo
JC Online destaques 


Em 2014, greve terminou em vários saques
Em 2014, greve terminou em vários saques
Igo Bione/Acervo JC Imagem

Dois anos depois o fantasma de mais uma greve da Polícia Militar volta a assombrar a população. A categoria realiza assembleia no final da tarde de hoje para definir se aceita a proposta que será apresentada pouco antes, às 15h, pelo governo do Estado. Os policiais pedem um reajuste total de 25% nos vencimentos. Acossado pela crise financeira, o governo não deve sinalizar com ganhos salariais. Um impasse que pode terminar como em maio de 2014, quando uma paralisação de dois dias mergulhou o Estado no caos e levou o Exército às ruas do Grande Recife.
No caso de a categoria rejeitar a proposta do governo, as lideranças falam no início imediato do movimento, com o recolhimento dos praças aos batalhões e demais unidades. Foi o que ocorreu em 2014, quando a paralisação foi decidida na noite do dia 13 de maio e os policiais, imediatamente, se recolheram aos quartéis. 
A categoria afirma não desejar a greve, apenas o reajuste salarial que considera justo. “Existem várias outras pautas a serem tratadas com o governo, mas o salário é a mais urgente”, comenta o presidente da Associação dos Praças de Pernambuco (Aspra), José Roberto Vieira. “Nós representamos uma categoria que está operando no limite, sem condições estruturais. O reajuste salarial é o mínimo que o governo pode fazer pelos policiais do Estado”, afirma Alberisson Carlos, presidente da Associação de Cabos e Soldados.
Policial militar e figura de proa no movimento que resultou na greve de 2014, o deputado Joel da Harpa (PTN) também prefere apostar na solução negociada. “É o desejo de todos, mas a tropa está ávida por alguma notícia positiva no que diz respeito aos salários”, comenta.
Quem confirmou presença na assembleia dos militares foi o deputado estadual baiano Marco Prisco (PSDB), também policial militar e que liderou a maior greve da PM da Bahia, em abril de 2014.
As lideranças da categoria vão se reunir às 15h com o secretário de Administração, Milton Coelho, na sede da secretaria, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Por meio de sua assessoria de Imprensa, a Secretaria de Administração afirmou que só irá se pronunciar após o encontro. Coelho foi duramente criticado pelas lideranças ao afirmar que, com exceção do salário, todas as pautas dos PMs – como melhorias estruturais e plano de carreira – tinham sido atendidas. A categoria diz que as medidas “estão sendo proteladas”.
D´Albuquerque reconhece que a corporação passa por algumas dificuldades estruturais, mas afirma que está trabalhando para solucioná-las. “Vamos recuperar 900 viaturas, adquirir novos fardamentos e um total de seis mil coletes à prova de balas para substituir os que perderão a validade em outubro. É um trabalho contínuo, e os policiais precisam ter em mente sua missão de proteger a sociedade”.

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