9 de jul. de 2016

INTERESSANTE, VIDAS QUE SÃO INTERROMPIDAS E FICAM PARA TRÁS

“Entre os fatores psiquiátricos associados ao suicídio, em primeiro lugar está a depressão, alteração afetiva predominante no ato suicida, desde sua ideação, intenção até o suicídio de fato. Apesar de vários motivos ou explicações rodearem o suicídio dos adolescentes, como por exemplo, os fatores de ordem sexual, as drogas, timidez, fracasso escolar, problemas sentimentais, de relação familiar, e muitos outros, se a pessoa passar por tudo isso sem depressão ela, certamente, não se suicidará. Alguns autores consideram que, além da depressão, tem sido comum em adolescentes suicidas também transtornos de conduta”.
(Beyaert, 1999).
O suicídio da depressão não costuma ser espontâneo ou impulsivo, como acontece em alguns casos de esquizofrenia, de embriaguez patológica ou transtorno explosivo da personalidade. Na depressão o suicídio costuma ser elaborado em detalhes, com escolha do meio de se matar, hora e local do ato.
Este é um tema difícil de abordar. Existem muitas histórias trágicas de pessoas que sentiram que a única maneira de escapar de seus problemas era tirar suas próprias vidas. Mas quando essas pessoas são crianças, a emoção que sentimos são amplificadas. Neste post, vamos olhar para alguns dos motivos chocantes e histórias comoventes de crianças que tiraram a sua própria vida.
Vejam alguns casos a seguir:
RYAN
Ryan Halligan
Na noite de 07 de outubro de 2003, a vida de John e Kelly Halligan mudou para sempre quando eles descobriram que seu filho de treze anos, Ryan, tinha cometido suicídio por enforcamento. Traumatizados com a situação trágica que tinha sido lançada dentro da família, os pais de Ryan procuraram desesperadamente por respostas a respeito de porque seu filho teria se sentido tão perdido que viu no suicídio a sua única opção. Ryan foi descrito como uma criança adorável, que sempre fazia as pessoas sorrirem. Por que então uma criança tão doce e feliz iria cometer suicídio? Foi um enorme mistério para todos. Entre o quinto e o sétimo ano da escola, Ryan começou a sofrer intensa intimidação de seus colegas de escola, que o levou a confessar aos pais o seu medo de voltar para as aulas. Seus pais defendiam uma abordagem aparentemente razoável de falar com o diretor, uma ideia que foi desaprovada por Ryan, que temia que com isso a situação piorasse. Ao invés disso, Ryan, começou a aprender a lutar, fazendo aulas de defesa pessoal, e consequentemente, usou suas novas habilidades para se defender. Isso pareceu finalmente resolver o problema. No entanto, sem o conhecimento de seus pais, o assédio moral continuava cada vez mais forte. Os comentários que seus colegas faziam eram sobre a sua sexualidade. Mas a gota d’água foi quando uma garota (instigada pelos agressores) a qual o Rayan era aparentemente apaixonado, o convidou para sair e logo após comentou a sua experiência nas redes sociais, dizendo que o garoto era uma piada e afirmando as acusações dos deus colegas de escola de que ele não gostava de garotas. Isso foi demais para Ryan, ele não conseguia suportar mais e se matou com apenas 13 anos de idade.
TYLER
Tyler Clementi
TYLER
Durante o verão, após sua formatura no colegial, Tyler Clementi, decidiu falar abertamente sobre sua sexualidade. Apesar de este ser um momento difícil para ele, Tyler queria começar a sua faculdade feliz e de bem consigo mesmo. Tudo parecia estar indo bem para Tyler, que mostrava um excepcional talento como violinista, permitindo-lhe participar de uma orquestra composta principalmente de estudantes mais velhos. Tyler então começou a conhecer e sair com outros homens. Sua colega de faculdade Dharum Ravi aparentemente o respeitava, mas não aceitava a opção de Tyler, mesmo assim manteve a amizade. Tyler comentava para outros colegas que estava em uma parte relativamente feliz da sua vida, pela primeira vez. No entanto, o que ele não sabia é que Ravi tinha colocado uma câmera escondida em seu quarto e começou a compartilhar suas imagens íntimas, onde Tyler se encontrava com seus casos amorosos. A filmagem viralizou e Tyler tornou-se um alvo de intensa ridicularização em toda a universidade. Oprimido pela culpa, vergonha e um sentimento de traição por parte da sua amiga, aos 18 anos de idade, Tyler se matou, saltando da ponte de George Washington. Ravi foi condenado a trinta dias de prisão por intimidação, preconceito e invasão de privacidade.
BETH
Beth Wilkinson
BETH
Beth Wilkinson era uma menina britânica de 17 anos de idade, que sofria esporadicamente de problemas de saúde mental. Durante seus maus momentos, ela se auto-mutilava e algumas vezes já havia tentado se matar, onde os esforços da polícia local impediu a tragédia. Quatro anos antes, Beth havia sido internada no Centro de Tratamento da Criança e do Adolescente na Comunidade Mental Health Service. No entanto, essa ajuda não foi suficiente e sete meses depois, na noite de 18 de dezembro, Eileen Flanagan, psiquiatra de Beth, recebeu um telefonema horrível. Beth ligou para Eileen para agradecê-la por seus esforços na tentativa de dar uma visão positiva da vida para ela. Eileen notou o som do vento no fundo e, dada a natureza emocional do telefonema e o histórico de problemas mentais, ela perguntou com preocupação de onde Beth estava ligando. Beth confessou que ela estava de pé no alto da Ponte de Humber. Apesar dos esforços de Eileen para acalmá-la, Beth desligou o telefone. Horas depois foi informada que um policial estava chegando no local. O oficial teria dito a Beth: “Por favor, não faça isso na minha frente”. Mesmo assim, nesse momento, Beth tragicamente pulou da ponte. Somente em 24 de maio o seu corpo foi descoberto por um pescador em uma costa vizinha.
LEELAH
Leelah Alcorn
LEELAH
Em 28 de dezembro de 2014, Leelah Alcorn de apenas 17 anos, cometeu suicídio se jogando na frente de um caminhão. Antes do incidente, ela tinha programado um post em sua página no Tumblr, pedindo aos seguidores que fossem ao seu funeral. Em sua mensagem final, Leelah afirmou: “Minha morte tem que significar algo”. Ela escreveu sobre suas lutas como uma mulher transexual jovem, detalhando o seu desejo de viver como uma mulher, mesmo tendo pais cristãos, e que os mesmos haviam negado o pedido para autorizar uma cirurgia de mudança de sexo, alegando que era um insulto a Deus. Leelah confessou em seu último depoimento os diversos ataques que sofria dos próprios pais. O post quebrou os corações de milhares de leitores, que ativamente compartilharam a mensagem, a fim de divulgar a tragédia. Após sua morte, a mãe de Leelah ainda se recusou a usar pronomes femininos para sua filha e só se refere a ela por seu nome “verdadeiro”, Joshua. Ela também se recusou a permitir que o melhor amigo da Leelah, que havia apoiado sua decisão de viver como uma mulher, de assistir ao funeral. A morte horrível criou uma plataforma de discussões para muitas pessoas transexuais, jovens e adultas, para falar abertamente sobre sua identidade de gênero. A mensagem de suicídio da Leelah foi exposta positivamente nas mídias sociais e abriu a mente de muitas pessoas que antes não tinham interesse em compreender as questões dos transexuais.
SAMANTHA
Samantha Kuberski
SAMANTHA
Com apenas 6 de anos, Samantha Kuberski ficou conhecida como um dos casos de pessoa mais jovem a cometer suicídio. Depois de ter sido mandada para o seu quarto após uma discussão com sua mãe, Samantha foi descoberta mais tarde enforcada com um cinto amarrado em um berço que não era mais utilizado. Samantha, antes de se retirar para o seu quarto, anunciou a sua família que ela iria se matar. No entanto, devido à sua idade, seus pais ficaram céticos. Após o corrido eles se perguntam se Samantha realmente teve a intenção de se matar, ou se a tragédia foi realmente um acidente horrível. A questão dela ter ou não cometido de plena consciência o suicídio com apenas 6 anos de idade, permanece sem respostas. Embora seja extremamente raro para jovens com idade inferior a 15 anos cometerem suicídio (segundo a polícia), não é inédito casos de pessoas abaixo desta faixa etária serem tratados com anti-depressivos. Estudos têm demonstrado que a depressão pode estar presente em crianças a partir dos 3 anos de idade. A verdadeira razão por trás do caso de Samantha se foi com a sua própria vida, nunca poderemos realmente entender o que aconteceu de fato.
EVAN
Evan Ziemniak
EVAN
Aos 12 anos de idade, Evan Ziemniak, cometeu suicídio por enforcamento, o fato ocorreu em março deste ano (2016), depois de diversos relatos de bullying em sua escola. Apesar de seus pais terem levantado a questão do bullying com os diretores e professores da escola várias vezes, os incidentes continuaram. A avó de Evan recordou as várias vezes que o seu neto tinha dito que ele havia sido “esfaqueado” com lápis e empurrado no corredor do ônibus escolar. Ela acredita firmemente que a razão de Evan para acabar com sua vida, era a sua tentativa desesperada para escapar do assédio moral na escola. Em casa Evan tinha um contentamento sem grandes discussões familiares ou desacordos, era o garoto tranquilo e aparentemente feliz. Ele gostava de coisas normais para uma criança de 12 anos, incluindo o popular jogo Minecraft, onde passava horas jogando. Ele também tinha muito interesse pela história da Guerra Civil e colecionava moedas antigas. Evan foi considerado por todos como um garoto educado e com muito potencial.
JESSICA
Jessica Cleland
Jessica Cleland era uma menina feliz, com seus 18 anos de idade, era uma típica garota australiana que estava na fase de transição do colegial para a faculdade. Em 2014, por razões desconhecidas, dois de seus amigos mais próximos começaram um ataque sobre ela nas redes sociais, manchando seu mural do Facebook e outras mídias sociais com palavras de abuso e ódio. As investigações sobre o caso sugeriram que o ataque tenha sido o ponto crucial para o seu suicídio. Amy (irmã de Jessica), contou aos pais que viu ela saindo para uma corrida e que foi a última vez que alguém ouviu falar dela, até que ela postou uma foto no Instagram com a descrição: “Eu amo este lugar e eu nunca mais vou sair daqui”. Amy viu a mensagem e ficou preocupada. Pouco tempo depois o pai de Jessica encontrou o seu corpo no local onde a foto foi tirada. Jessica nunca tinha mostrado sintomas de doença mental ou depressão, e após a sua morte, os seus pais lutaram e fizeram campanhas em todo o país contra o cyber-bullying, e conseguiram aprovar um projeto de lei que pune rigorosamente todo o tipo de crime desta natureza, fazendo com que os responsáveis sejam punidos e responsabilizados pelas mortes que podem causar. Hoje, na Austrália, o crime é punível com dez anos de prisão, e se aplica ao cyber-bullying, bem como agressão física, verbal e psicológica.
RONAN
Ronan Hughes
JESSICA
Em 2015, um grupo de hackers enganaram um garoto de 17 anos de idade na Irlanda do Norte, o Ronan Hughes, o grupo tentou chantagear o rapaz para que eles não postassem fotos íntimas suas nas redes sociais, pedindo algo em torno de 10 mil libras. Ronan tinha enviado algumas fotos íntimas suas para uma suposta garota que conheceu em uma bate-papo, mas na verdade, tratava-se dessa gangue, que em poder das fotos, costumavam chantagear suas vítimas a fim de conseguir dinheiro. Três noites antes de sua morte, Ronan confessou a sua mãe a situação em que se encontrava. Ela revisou as mensagens enviadas entre os membros da gangue e seu filho, em que Ronan tinha pedido a eles para não enviarem as fotos. A sua mãe logo foi informar a polícia local, o único oficial de plantão alegou que não havia muito que pudesse fazer sobre a situação. A mãe de Ronan culpa a falha das autoridades e o descaso com o seu filho, e que isso foi um fator crucial para ele ter cometido suicídio. Ela acredita que se o oficial tivesse prometido entrar em contato com um especialista em TI, logo que pudesse, o seu filho ainda estaria vivo hoje. No dia em que ele cometeu suicídio, Ronan ligou para a sua mãe e disse que um amigo tinha recebido links para baixar os arquivos com suas fotos de uma pessoa estranho no Facebook. Preocupada sobre como seu filho poderia reagir, a senhora Hughes correu para casa, apenas para descobrir que ele tinha deixado uma nota de suicídio no balcão da cozinha. Mais tarde, ela encontrou o seu corpo em um terreno baldio atrás de sua casa.
KENETH
Kenneth Weishuhn
Desde quando decidiu expor a sua sexualidade, Kenneth Weishuhn foi descrito como um jovem feliz e popular. Mas quando Kenneth resolveu assumir que era gay, ele tornou-se alvo de bullying de alguns colegas de classe e sua irmã mais velha também. A intimidação começou nas redes sociais, quando um grupo no Facebook foi criado por ex-amigos de Kenneth apenas para desferirem palavras de ódio contra ele. Além disso, os valentões começaram a telefonar para ele e fazer ameaças de morte devido a sua sexualidade. Apesar das mensagens que ele estava recebendo, Kenneth ignorou o assunto quando a sua mãe foi conversar com ele, mas Kenneth alegou que não era nada sério. Infelizmente, Kenneth cometeu suicídio por enforcamento em 15 de abril de 2012 com apenas 14 anos. Embora sua mãe tenha ficado triste com o evento, ela estava empenhada e abriu dois processos contra os acusados e difamação, alegando que eles tinham sido os culpados pela morte do jovem. Mesmo que ela não tivesse sucesso na justiça contra os acusados, o seu filho precisava servir de exemplo e de alguma forma fazer com que esse tipo de bullying parasse.
BART
Bart Palosz
Depois do seu primeiro ano como estudante do segundo grau na Greenwich High School, em Connecticut, Bart Palosz cometeu suicídio usando uma arma de fogo de propriedade familiar. Amigos do garoto de 15 anos, afirmaram que Bart sofreu anos de assédio moral, devido à sua aparência física e origem polonesa. O adolescente foi ridicularizado por ser alto demais para a idade (1,90 cm), sendo chamado de pé grande e por ter um sotaque polonês muito forte. Embora seus amigos o descrevam como sendo um pouco quieta, ele era considerado um jovem com um coração doce que geralmente se relacionava com adultos mais do que com os estudantes de sua idade. Apesar de a família de Bart ter feito tudo o que podiam para combater a situação de bullying, inclusive indo com frequência informar a direção escola sobre a situação, Bart era cada vez mais alvo de zombaria. Como ele era muito calmo, não demonstrou quaisquer sinais físicos de um adolescente em perigo. Embora a sua família e amigos soubessem do assédio moral, seu suicídio foi um choque terrível que ninguém tinha previsto.
PS:.
É isso, espero que tenham gostado do post de hoje. O Assunto é e sempre será pesado e delicado. Nenhum dos casos citados estão aqui lançados ao vento, são fatos reais. Porém essa dor pode e deve servir de alerta. O número de suicídio entre jovens está crescendo de modo alarmante em todo o mundo, aqui mesmo na minha cidade (interiorana) somente este ano 3 jovens se suicidaram, e todos tinham relação com bullying e sexualidade oprimida.
FONTE: http://www.issoebizarro.com/blog/mundo-bizarro/vidas-que-ficam-pra-tras/W

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