13 de mar. de 2018

Desabamento de prédio mata três pessoas e deixa mulher soterrada no bairro de Pituaçu, Um bebê, Uma criança e o Tio



Um prédio de quatro pavimentos onde moravam sete pessoas da mesma família desabou na manhã de chuvas desta terça-feira (13), na Rua Alto de São João, no bairro de Pituaçu, em Salvador. Robert de Jesus, de 12 anos, um bebê de um ano de prenome Artur, e o tio deles, Alan Pereira de Jesus, de 31 anos, morreram com o soterramento.

A mãe das crianças mortas, Rosemeire Pereira de Jesus, de 34 anos, segue desaparecida nos escombros até por volta das 12h20. Três pessoas que estavam no imóvel foram resgatadas e encaminhadas a um hospital.

Segundo Juliana Portela, da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), três pessoas moravam no andar de cima do prédio: um homem, a mulher dele - que teve ferimento na face -, e a filha deles, um bebê.

Todos eles já foram retirados do imóvel e levados para o Hospital Geral do Estado (HGE). Eles foram identificados como Alex Pereira de Jesus, de 29 anos, Beatriz, de 30 anos, e Sabrina Menezes, de 11 meses.

No andar de baixo, moravam Alan e Rosimeire, que são irmãos de Alex, além dos dois filhos dela que morreram.

O corpo de Alan foi retirado por volta das 11h20. Ao meio dia, o corpo de Artur foi retirado dos escombros. O corpo de Robert foi retirado mais cedo dos escombros, por volta das 7h30.

Quatro ambulâncias do Samu atuam no local do resgate. Moradores da localidade e bombeiros também estão nos trabalhos, na tentativa de retirar as demais vítimas. Um helicóptero do Graer está no local auxiliando nas buscas.

Outra mulher que não estava no prédio, Rosângela Santana de Jesus, de 30 anos, passou mal e foi encaminhada para atendimento médico pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os corpos que foram removidos do local do desabamento serão periciados por equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Construção

O desabamento ocorreu por volta das 6h. O prédio ficava no final de um beco estreito na Rua Alto do São João. Moradores se aglomeraram no espaço para acompanhar o resgate das vítimas, e a quantidade de pessoas no caminho chegava a atrapalhar a passagem das equipes.

O diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macedo, informou que um dos moradores que sobreviveu disse que o prédio era dividido em quatro pavimentos: subsolo, térreo, primeiro e segundo andar. A construção teria cinco anos.

O diretor-geral afirmou ainda que a avaliação preliminar é de que construção do prédio era irregular. "Somente depois da área limpa, para enxergar a fundação, a estrutura que foi construída, para fazer o levantamento da edificação. Só com o término do procedimento. Agora o foco é efetivamente buscar os possíveis sobreviventes", detalha.

"Os engenheiros informam que muito provavelmente foi uma falha na técnica de construção da edificação, que pode ter gerado esse tipo de situação, somado com a chuva desse período, que passou em 50% da perspectiva que estava prevista para todo o mês de março, apenas nas últimas 12 horas", disse Sosthenes Macedo.

Segundo Juliana Portela, da Semps, duas casas vizinhas ao prédio foram danificadas com o desabamento e outras duas delas correm risco de desabar. Os imóveis foram isolados e as famílias devem receber auxílio-moradia da prefeitura.

"O auxílio-moradia é no valor de R$ 300, e o auxílio-emergência vai de um a três salários mínimos a depender das perdas. É prudente que elas (moradores) não retornem. Elas podem retornar par abuscar pertence, acompanhado de engenheiro, a depender da avaliação desse profissional. Esses imóveis serão demolidos tão logo encerrem a busca das vítimas", disse Juliana.

Em nota, a prefeitura afirmou ainda que o imóvel não ocupava área de risco. Os órgãos da prefeitura ainda estão na localidade atuando no trabalho de resgate, no suporte psicológico e assistencial às famílias e na limpeza da área.

G1 SALVADOR

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