A mãe do recém-nascido encontrado morto em um matagal de Saloá, no Agreste de Pernambuco, é suspeita de cometer o crime. É o que informa o delegado do município, Alisson Câmara. Segundo ele, a mulher de 30 anos premeditou o crime.
Na casa da suspeita, que é técnica em enfermagem, a polícia encontrou cadernos com anotações de métodos abortivos e uma cartela de uma medicação utilizada para dores reumáticas e cólicas menstruais nã recomendada para gestantes.
Para o delegado, a mulher decidiu abortar o filho quando descobriu que estava grávida. "Nós temos informações, temos provas de que ela não demonstrou o menor remorço pela atitude dela. Chegou a afirmar para duas testemunhas que estava muito bem", disse Alisson Câmara.
Também de acordo com o delegado, um jovem de 24 anos, que é estudante, ajudou a suspeita a sair do hospital com o corpo do recém-nascido. "Ele a encontrou no hospital. Ela já havia tido a criança, que estava morta, e pediu que ele providenciasse toda a questão funerária e um local para enterrar o corpo sem que a família dela soubesse", detalhou.
A técnica em enfermagem e o estudante estão sendo investigados em liberdade, já que não houve flagrante, por ocultação de cadáver e aborto. "Já temos indícios suficientes contra ela e ele. Estamos aguardando as provas técnicas, as perícias do IC [Instituto de Criminalística] e do IML [Instituto Médico Legal] para que possamos fechar o inquérito", destacou o delegado.
Entenda o caso
O corpo de um recém-nascido foi encontrado na terça-feira (13) enrolado em lençóis hospitalares na zona rural de Saloá, Agreste de Pernambuco. De acordo com a Polícia Militar, o bebê estava dentro de um matagal.
Ainda segundo a PM, a vítima foi localizada por trabalhadores da Fazenda Guariba. As testemunhas informaram que só foi possível encontrar o recém-nascido porque estavam limpando ao redor de uma cerca de arame que divide a fazenda, conforme informou a polícia. O corpo do bebê foi encaminhado para o IML de Caruaru.
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