Anúncio foi feito pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock. Plano de vacinação brasileiro não prevê uso de imunizantes que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso do da Pfizer.
O Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (2),
a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech e
anunciou que prevê iniciar a vacinação na semana que vem. Um primeiro lote com
10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde
britânico, ainda em 2020.
Profissionais da saúde deverão estar entre os primeiros a serem vacinados,
assim como idosos e pessoas vivendo em casas de repouso, incluindo funcionários.
Por causa das condições de armazenamento da vacina – que precisa ser mantida a
-70°C – as campanhas de vacinação serão feitas em hospitais.
Os anúncios foram feitos pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, que
classificou a notícia como "fantástica".
“No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas
contra Covid-19 aqui neste país”, disse ele à rede Sky News.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a aprovação da
vacina vai resgatar vidas e a economia do país – que tem 59.148 mortes pela
Covid-19, o maior número da Europa.
“É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas
vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu o premiê britânico na rede
social Twitter.
Na terça-feira (1º), a Pfizer pediu autorização para uso de sua
vacina contra a Covid-19 na Europa. A decisão deve sair até 29 de
dezembro.
Brasil não comprou vacina
A vacina da Pfizer/BioNTech é uma das quatro que estão sendo testadas no
Brasil. O país ainda não fez acordo para adquirir a vacina, mas, em meados de
novembro, o governo recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da
Saúde, "conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de
compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório".
Na terça-feira (1º), o Ministério da Saúde disse que o plano de imunização do país não prevê o
uso de vacinas que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso da
desenvolvida pelas farmacêuticas.
Brasil não comprou vacina
A vacina da Pfizer/BioNTech é uma das quatro que estão sendo testadas no
Brasil. O país ainda não fez acordo para adquirir a vacina, mas, em meados de
novembro, o governo recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da
Saúde, "conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de
compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório".
Na terça-feira (1º), o Ministério da Saúde disse que o plano de imunização do país não prevê o uso
de vacinas que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso da
desenvolvida pelas farmacêuticas.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o governo quer
um imunizante que possa ser armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC, pois essa
é a temperatura da rede de frio usada no
sistema de vacinação brasileiro.
Em entrevista à GloboNews, o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações
(SBIm), Renato Kfouri, comemorou a aprovação – e disse que é um marco na
história do desenvolvimento de vacinas. Isso porque a vacina é a primeira do tipo genético a
entrar no mercado.
Kfouri também reconheceu, entretanto, o armazenamento e o transporte do imunizante
como um desafio.
"Uma das limitações é o transporte, por conta do congelamento, mas o
fabricante tem estudado alternativas, com gelo seco, em que ela pode ficar fora
de freezers por até 15 dias", disse Kfouri.
O especialista disse que o preço também pode ser um impeditivo para a aplicação
em massa no Brasil – ele estima que a vacina da Pfizer seja até 5 vezes mais
cara que a de Oxford, que será produzida
em solo brasileiro pela Fiocruz.
Eficácia
No início de novembro, as farmacêuticas anunciaram que sua vacina candidata tem
eficácia de 95% na prevenção da Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes. Os dados ainda não
foram publicados em revista científica.
Anvisa aprova medidas para acelerar
registro de vacina contra Covid-19 no Brasil
Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa
dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela
doença.
A Pfizer informou que pretende produzir até 50 milhões de doses de vacina em
2020 para todo o mundo, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021. Em julho, os
Estados Unidos fecharam acordo com os laboratórios para comprar 100 milhões de doses ainda este
ano, pelo valor de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões).
Nenhum comentário:
Postar um comentário